
A utilização da informática na área
da educação é, nos dias atuais, algo de grande importância que não dá para ser
evitada, pois o cotidiano dos alunos é repleto de tecnologias mais atraentes
que tornam o ensino da escola ultrapassado e obsoleto, ocasionando em uma falta
de vontade por parte dos alunos para aprender o conteúdo proposto pelos
professores.
Os
professores devem estar sempre atualizados e conectados com o mundo em que
vivem, pois com o grande avanço da tecnologia o mundo está em uma grande
mutação. Caso os profissionais da educação não buscarem esse conhecimento
tecnológico, podem ocorrer o caso de suas práticas e teorias serem fechadas,
fazendo com que o aluno talvez não tenha o resultado esperado em seu ensino.
A tecnologia educacional tem como desafio as
grandes mudanças ocorridas nos processos educacionais frente às inovações
tecnológicas, limites na qualificação profissional e o medo de se deparar com
instrumentos antes nunca imaginados. Assim falar de tecnologia e educação, nos
remete a observar a necessidade de fazer uma análise entre as relações humanas,
com a didática e também com as relações ideológicas existente em cada educador,
para assim compreendermos os motivos da real dificuldade do uso de software na
área da educação.
Então, a chegada e a permanência das novas
tecnologias, principalmente da informática, nas escolas, vem trazendo a tona a
questão da formação dos professores, dos profissionais que atuam nas escolas e
que têm a responsabilidade pela formação das novas gerações.
A preocupação quanto à qualidade da formação
dos professores, principalmente para trabalhar com os computadores na escola,
remete à questão do papel deste profissional diante da tecnologia, e de como
deve ser pensada a formação e a capacitação de maneira que eles consigam
realizar um bom trabalho tendo como auxílio esta nova ferramenta.
Segundo Mizukami (2000, p.140)
“Aprender a ensinar pode ser considerado um processo
complexo - pautado em diversas experiências e modos de conhecimentos – que se
prolonga por toda a vida profissional do professor, envolvendo, dentre outros,
fatores afetivos, cognitivos, éticos e de desempenho”.
A construção de conhecimento em
informática na educação pode ser concebida como um “elemento novo” no processo
de aprendizagem do professor da escola pública e que começa a permear a sua
prática profissional. Portanto, cursos
de capacitação em informática na educação podem ser considerados como uma das
experiências do professor em aprender a ensinar utilizando a informática.
Em meio ao cenário tecnológico em que se
encontra o profissional docente, as atuais discussões e políticas públicas na
área de informática na educação têm considerado o professor como um componente
fundamental para o processo de introdução do computador no cotidiano do ensinar
e aprender. Espera-se que ele, na sala de aula, promova a interação entre a
informática e a sua disciplina e, por meio dessa interação, proporcione aos
alunos o acesso às novas informações, experiências e aprendizagens de modo que
aprendam efetivamente, sejam críticos.
As demandas atuais para o profissional
docente, no que se refere à necessidade de formação e trabalho com a
informática no processo de ensino, provocaram um processo de mudança não apenas
nos conhecimentos do professor, mas também em sua pessoa - visto que ele passa por momentos de desestabilidade,
insegurança, surpresa, angústia, cooperação – que possivelmente influenciam sua
formação profissional.
Nessa perspectiva, segundo a idéia de Nóvoa
(1992) é impossível separar o eu profissional do eu pessoal, pois parecem está
intimamente relacionados. Assim sendo, é
importante que em um processo de formação em informática na educação, o
professor seja concebido não apenas como um profissional, mas como uma pessoa
que tem sentimentos e reações diversas diante do computador.
Referências:
www.anped.org.br